Alerta: A Crise Silenciosa das CEOs: Por Que Mulheres Permanecem Menos Tempo no Comando?

Se você acha que ser CEO é uma maratona, prepare-se para a corrida ainda mais curta das mulheres nesse cargo. O cenário é alarmante! Dados recentes revelam que as poucas mulheres que conseguem alcançar a presidência em grandes empresas permanecem no cargo, em média, três anos a menos que seus colegas homens. As estatísticas são uma verdadeira chamada de atenção.

A Realidade Crua das Executivas

Pesquisas do "Índice Global de Rotatividade de CEOs" mostram que, desde 2018, enquanto os homens ocupam a presidência por cerca de oito anos, as mulheres ficam apenas cinco anos. Um desvio notável que traz à tona questões profundas sobre a permanência e a aceitação feminina em posições de liderança.

O mais chocante? As mulheres que ocupam essas posições apresentam um risco 33% maior de demissão. Isso não é apenas uma questão de desempenho; é uma questão cultural e estrutural. Segundo Aline Benvengo Larangeira, especialista da consultoria Russell Reynolds, a alta rotatividade entre as executivas ocorre mesmo em cenários de sucesso. Isso evidencia um julgamento mais severo por parte dos conselhos de empresas.

Quando o desempenho vai bem, os homens têm muito menos chance de serem demitidos. A pesquisa revela que um em cada três CEOs homens deixa a função por aposentadoria. Já entre as mulheres, a demissão é a razão mais comum de saída — um cenário que exige atenção imediata!

Um Mapeamento Completo e Surpreendente

Um estudo abrangente envolvendo 1.142 transições de gestão em empresas de capital aberto de 25 países, incluindo o Brasil, lançou luz sobre essa questão. As mulheres representaram apenas 9% das nomeações para a posição de CEO no primeiro semestre de 2025. Em 2024, esse número foi de apenas 11%.

E não para por aí: de 2018 a 2024, 32% das CEOs femininas deixaram o cargo (por decisão própria ou do conselho), em comparação com 24% dos homens. A disparidade de gênero é evidente, e as barreiras que cercam o acesso das mulheres a posições estritamente estratégicas, como CFO ou COO, só tornam a situação mais crítica.

Os Motivos por Trás da Desigualdade

Os motivos que levam ao final do mandato de um CEO variam drasticamente entre os gêneros. Enquanto 31% dos homens deixam seus cargos por aposentadoria, a principal razão para as mulheres é a demissão, que atinge 32%. Outros fatores que se destacam nas demissões femininas incluem plano de sucessão (16%), motivos pessoais (13%), aposentadoria (13%) e oportunidades externas (10%).

Larangeira faz uma observação impactante: o peso das motivações pessoais é mais de duas vezes maior para as mulheres do que para os homens. Isso levanta uma questão crucial: até que ponto as responsabilidades familiares e sociais que recaem sobre as mulheres estão afetando sua estabilidade no alto escalão corporativo?

A verdade é que os homens costumam ter uma trajetória mais tranquila e prolongada, permitindo que atinjam a aposentadoria ainda no topo de sua carreira. Enquanto isso, as mulheres enfrentam barreiras mais voláteis, resultado de uma cultura que ainda coloca sobre elas um peso adicional de responsabilidades fora do ambiente de trabalho.

Encerrando a Corrida: Um Chamado à Ação

A desigualdade de gênero nas cúpulas das empresas é alarmante e exige ações concretas para mudar essa narrativa. A alta rotatividade de executivas, mesmo em tempos de sucesso, questiona a justiça e a equidade nos ambientes corporativos. Essa crise silenciada tem consequências diretas na eficiência e no desempenho das empresas.

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