Exportações de Máquinas ao EUA em Colapso Total em Setembro, Alerta Abimaq!
EUA impõem sobretaxa e mercado brasileiro de máquinas sofre: o impacto iminente!
A partir de setembro, o setor brasileiro de máquinas e equipamentos está prestes a sentir os efeitos devastadores das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. O governo americano decidiu aplicar uma sobretaxa de impressionantes 40% sobre a importação desses produtos, somando-se à já existente taxa mínima de 10%. Este golpe pode ser fatal para as exportações brasileiras, que enfrentam uma queda dramática, com expectativa de que as vendas para os EUA tendam a zero.
A diretora de competitividade da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Cristina Zanella, deixou claro o alerta: "Estamos vendo o agravamento da desaceleração". Com os EUA absorvendo cerca de 26% das exportações brasileiras de máquinas – um mercado que representa cerca de US$ 300 milhões por mês – o cenário é alarmante. As empresas agora se debatem com uma gigantesca perda de competitividade que pode arruinar o setor.
A verdade por trás da competitividade em risco
Zanella ainda afirmou que as promessas de que a competitividade dos produtos brasileiros poderia melhorar são ilusórias. A decisão do governo dos EUA de tributar produtos com aço ou alumínio sob a Seção 232 não trará os resultados esperados. Apesar de algumas promessas de desoneração, o fato é que é extremamente difícil competir com fornecedores que têm tarifas zero, como os Estados Unidos, Canadá e México.
Ou seja, enquanto o Brasil viu suas tarifas crescerem, suas chances de competir no setor estão encolhendo vertiginosamente. A comparação é clara: o Brasil possui algumas das maiores sobretaxas do mundo, apenas atrás da Índia. Esse quadro pesa e muito nas contas das empresas nacionais.
Medidas do governo: será que são suficientes?
O governo brasileiro anunciou algumas medidas para tentar conter os estragos, mas correm o risco de ser insuficientes. O Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários (Reintegra) está entre essas iniciativas, restituindo uma parte dos tributos pagos ao longo da cadeia produtiva. Mas será que isso será suficiente para evitar uma queda vertiginosa no setor?
Zanella destacou que, embora as medidas ajudem a mitigar os problemas, elas não serão a solução ideal. O suporte está se limitando a empresas que exportam exclusivamente para os EUA. "O ideal seria que o governo ampliasse a aplicação do Reintegra para todos os exportadores", afirmou. Assim, a perda de competitividade poderia ser minimizada não só para o mercado norte-americano, mas para qualquer comércio internacional.
Indústria 4.0: esperança ou ilusão?
Enquanto isso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou linhas de financiamento para impulsionar a Indústria 4.0, mas há um consenso de que os efeitos podem ser menos impactantes do que se imagina. As empresas podem acabar trocando investimentos planejados com taxa de juros mais altas por empréstimos com taxas mais baixas, sem realmente ampliar o potencial de crescimento do setor.
E as consequências de tal movimento? Se for mesmo o caso, os R$ 12 bilhões em recursos financeiros anunciados para a indústria poderão simplesmente substituir os investimentos que já estavam em andamento, ao invés de adicionar novos.
Números que falam!
Apesar da tempestade à frente, a indústria de máquinas e equipamentos brasileira começou julho com uma receita líquida de R$ 26,716 bilhões, o que representa um crescimento de 7,3% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Contudo, ao olhar para o mercado interno, a receita líquida de R$ 19,700 bilhões indica uma queda de 5,1% em relação a junho.
Além disso, o consumo aparente de máquinas totalizou R$ 36,374 bilhões, mostrando um pequeno crescimento de 1,2% em relação ao mês anterior. Mas e as exportações? Em julho, o setor teve uma receita de US$ 1,269 bilhão, um aumento de 20,7% em relação a junho, mas a realidade é que houve uma queda de 4,8% em comparação aos números do ano anterior. O saldo da balança comercial do setor também não é bom, apresentando um déficit de US$ 1,636 bilhão.
A crise do emprego e pedidos em queda
Os números de emprego no setor revelam que havia 424,903 mil funcionários no final de julho, um leve aumento de 1,1% em comparação a junho, mas com uma essa escalada de impostos, que futuro se desenha para a força de trabalho?
Apesar de um leve aumento de 0,6% na carteira de pedidos em julho, a realidade é que essa melhora foi insuficiente para gerar um otimismo a longo prazo. A utilização da capacidade instalada, que é um dos principais indicadores da saúde econômica do setor, cresceu apenas 0,1%, atingindo 78%. Isso significa que, apesar da leve recuperação, a produção ainda está longe do seu pico.
No segmento de máquinas agrícolas, o cenário não é muito melhor. Com uma receita líquida total de R$ 6,624 bilhões, o aumento anual de 7,7% sufoca frente ao declínio de 7,7% em relação ao ano anterior nas exportações. As máquinas agrícolas estão entre os setores mais afetados, refletindo uma queda significativa em um mercado que era antes promissor.
Conclusão: O futuro depende das decisões de hoje!
O panorama para a indústria brasileira de máquinas e equipamentos é alarmante, e as decisões tomadas a partir de agora serão cruciais para a sobrevivência do setor. Com as sobretaxas elevadas e a competitividade fragilizada, a única saída pode ser se reinventar.
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