O bear market finalmente se instalou nas criptomoedas, e os números são alarmantes. O Bitcoin (BTC) despencou para US$ 82.540 na manhã desta sexta-feira, marcando seu menor nível desde abril. Após uma montanha-russa que levou a moeda a oscilar entre US$ 79 mil e US$ 85 mil, a situação é nada menos que crítica. Desde o pico de 6 de outubro, o mercado já perdeu quase US$ 1,5 trilhão em valor, posicionando-se para ser o pior mês desde o colapso da FTX, três anos atrás.
Nos últimos 30 dias, o BTC já derreteu 23,8%, com uma brutal queda de 9,9% apenas nas últimas 24 horas. O pânico tomou conta do mercado, alimentado por novas liquidações que somaram mais de US$ 2 bilhões em contratos futuros. Lembre-se: estamos falando de um impacto brutal após um evento anterior que já havia liquidado US$ 19 bilhões em posições alavancadas.
Agora, analise a carnificina em torno das principais criptomoedas: a Ethereum (ETH) está sendo negociada a US$ 2.684, com um colapso diário de 10,8%; XRP (XRP) registrou uma queda de 9,7%, enquanto BNB (BNB) despencou 9,1%. Solana (SOL) está em queda de 10,9%, Dogecoin (DOGE) cedeu 11,3% e Cardano (ADA) despenca 13,5%. Por outro lado, Zcash (ZEC) se manteve estável, mas mesmo assim não é uma boa notícia no panorama geral.
A atmosfera pesada se estende para fora das criptos, atingindo também o mercado de ações. Na quinta-feira, o S&P 500 caiu 1,6% e o Nasdaq sofreu uma desvalorização de 2,4%. O índice de volatilidade VIX subiu 12%, alcançando 26,4, deixando claro que a angústia entre os investidores está em alta. O banco Morgan Stanley destacou que a queda ocorreu mesmo diante de resultados sólidos da Nvidia, evidenciando a preocupação com valuations exorbitantes e a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve.
A turbulência no mercado de cripto afetou a confiança dos investidores de varejo e impactou seriamente setores sensíveis, como data centers e empresas ligadas à mineração e infraestrutura de ativos digitais.
As saídas de ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos também estão deixando os investidores em estado de alerta. Somente na quinta-feira, mais de US$ 903 milhões deixaram esses produtos, o que representa o segundo maior volume de saídas desde o início de 2024. O interesse no mercado futuro de criptomoedas caiu 35% desde o pico de outubro, um indicador de que estamos longe de um recuperação.
Enquanto isso, os índices futuros dos EUA operam em alta nesta sexta-feira, mas a incerteza em torno da decisão de juros do Federal Reserve em dezembro continua a ser um ponto crítico. Com a criação de 119 mil empregos em setembro, muito acima das 50 mil vagas esperadas, a ideia de um mercado de trabalho resiliente toma força, complicando ainda mais a visão dos investidores sobre potenciais cortes de juros.
O cenário é dramático e incerto, mas a piora das criptomoedas e o impacto em setores que dependem do ambiente digital deixam claro que um grande alerta deve ser ativado agora!
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