Nos últimos meses, o real surfou na onda de valorização frente ao dólar, mas essa não é uma maré exclusiva do Brasil. O dólar, tradicionalmente um porto seguro em tempos de incerteza, está derretendo em escala global. Em 2025, já acumula uma queda impressionante de mais de 10%, tornando-se a maior desvalorização para o primeiro semestre desde 1973. O que está por trás dessa turbulência? Acompanhe!
Recentemente, a moeda americana fechou com uma baixa de 0,88%, atingindo R$ 5,435. Esse preço é o mais baixo desde setembro do ano passado, marcando uma desvalorização de 4,99% no mês e 12% desde o início deste ano. Com tais cifras, fica a pergunta: o que está causando tal desconfiança em uma das moedas mais fortes do mundo?
O governo americano, sob a influência de Donald Trump, gerou um “prêmio de risco” que está sufocando o dólar. De acordo com o Morgan Stanley, as políticas econômicas atuais trouxeram incertezas fiscais que podem adicionar até 4% à queda esperada da moeda. O que deveria favorecer o dólar, como altas no preço do petróleo ou tensões geopolíticas, parece não surtir efeito positivo. A desconfiança dos investidores é palpável, e o que era seguro se tornou arriscado.
O aumento da dívida pública americana, com a possibilidade de crescer em mais de US$ 3 trilhões nos próximos anos, contribui para o pessimismo. Com déficits alarmantes, muitos investidores estão recuando e buscando refúgio em ativos que prometem maior segurança. A dúvida sobre a sustentabilidade das finanças americanas é uma sombra que se aproxima.
O Federal Reserve está numa encruzilhada: cortar os juros para aquecer uma economia em dificuldades ou manter os juros e arriscar uma recessão? Se os cortes forem feitos, isso poderá reduzir o retorno de investimentos em dólar, fazendo com que os investidores procurem alternativas em outros mercados, como a Europa. O que se vê é um euro em ascensão, que já cresceu cerca de 13% no ano, enquanto o ouro também se posiciona como uma opção atrativa diante de tantas incertezas.
Com o dólar em crise, investidores estão realocando seus portfólios. Muitos optam por aumentar seus hedges cambiais ou reduzir a exposição a ativos americanos. Essa movimentação acentua ainda mais a pressão sobre a moeda dos EUA. Segundo projeções do Morgan Stanley, até US$ 66 bilhões podem ser direcionados para ações na América Latina — uma oportunidade de ouro para quem sabe aproveitar as mudanças.
Mas e o Brasil? A moeda brasileira está se beneficiando desse cenário. O diferencial de juros, impulsionado pela recente alta da Selic para 15% ao ano, torna-se um atrativo para os investidores. Além disso, a percepção de risco do país melhorou, oferecendo uma performance considerável e um mercado mais atraente quando comparado a outros emergentes.
Embora o dólar esteja em um caminho árduo, o mercado de ações nos EUA continua alcançando recordes. Contudo, medindo seu desempenho em outras moedas, os números de Wall Street já não impressionam tanto quanto as bolsas europeias. Os analistas concordam: a velocidade da queda do dólar pode desacelerar, mas a incerteza continuará a provocar oscilações alarmantes.
Com a desvalorização do dólar impactando a economia global e a estratégia dos investidores mudando a todo momento, é crucial se informar e agir. Quer organizar sua vida financeira em meio a tudo isso? Conheça o Mentfy e assuma o controle dos seus investimentos!
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