Em um cenário onde as vendas pela internet deslancharam, a WePink, a marca de cosméticos de Virginia Fonseca, acaba de ser pega em uma verdadeira tempestade. A empresa foi condenada a pagar impressionantes R$ 5 milhões por danos morais coletivos, após uma série de irregularidades que deixaram consumidores furiosos.
O que aconteceu? A WePink não conseguiu driblar as rígidas regras de defesa do consumidor e se meteu em uma encrenca sem tamanho. Agora, a empresa tem a missão de reverter sua imagem diante de um oceano de reclamações.
A origem deste imbróglio foi uma avalanche de queixas de clientes insatisfeitos. Em 12 meses, a WePink acumulou 94 mil reclamações no Reclame Aqui e mais 340 denúncias formais no Procon Goiás. O Ministério Público de Goiás revelou que, no total, são mais de 120 mil queixas em apenas dois anos.
O promotor Élvio Vicente da Silva não poupou palavras. Durante a investigação, um dos sócios da companhia, Thiago Stabile, admitiu em uma transmissão ao vivo que venderam produtos sem ter estoque real. Uma prática totalmente vedada pelo Código de Defesa do Consumidor!
A ação civil pública movimentou o MP-GO e resultou na imposição de uma liminar que restringia Virginia Fonseca e a WePink de realizar lives de vendas e campanhas promocionais até que provassem ter estoque de verdade. E essa liminar, que poderia ter sido um golpe mortal para muitas empresas, foi alterada com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas as restrições persistem.
Agora, a WePink só pode fazer marketing se provar, de forma auditável, que possui um estoque físico disponível. Uma mudança significativa, não é mesmo?
E o que mais o TAC impôs à WePink? Vamos destacar os principais pontos que podem mudar como você, consumidor, vê a empresa e outras do setor.
A WePink não pode mais fazer campanhas ou vendas sem comprovar que tem os produtos físicos disponíveis. Transparência é a palavra-chave!
Um novo sistema de controle deve ser implementado, acessível não apenas ao MP-GO, mas também a você, consumidor. Isso significa que você poderá verificar a disponibilidade real dos itens que deseja comprar.
Se você está pensando em participar de pré-vendas, fique atento: a WePink agora deve explicitar prazos de fabricação e envio de forma clara.
Uma das instituições mais temidas pelos consumidores, o SAC, terá que responder em até 24 horas com número de protocolo e acompanhamento em tempo real.
Se você quiser cancelar uma compra, a solução deve ser apresentada em até 7 dias. Direito de arrependimento respeitado!
A WePink terá que tornar visíveis os direitos dos consumidores, explica os procedimentos de cancelamento e trocar, além de criar um vídeo informativo para facilitar o entendimento.
Imagine ter acesso ao histórico de reclamações por 5 anos! Esse é um dos novos requisitos que visam maior accountability.
A empresa agora não pode mais excluir críticas de maneira indevida. Isso a torna mais responsável e sua imagem pode ser afetada se não cumprir a regra.
O que está em jogo aqui é muito mais do que R$ 5 milhões. É uma questão de direitos. As empresas precisam entender que não podem brincar com o dinheiro e a confiança dos consumidores. Se a WePink não mudar sua postura, pode ser apenas o início de muitas sanções para essa e outras empresas do setor.
Agora, você tem as informações nas mãos para tomar decisões mais sábias e conscientes. Avalie suas opções antes de clicar em "comprar" e sempre fique atento aos canais de atendimento.
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