A partir de 6 de agosto, a tarifa de 50% sobre as exportações de carne bovina brasileira para os Estados Unidos pode ser um verdadeiro divisor de águas para o setor. Mas o que isso significa para as empresas e, mais importante, para o consumidor? Descubra agora!
Os frigoríficos brasileiros que operam em outros países estão, surpreendentemente, protegidos do tarifaço de 50%. Empresas como JBS e Marfrig, que contam com unidades de processamento nos EUA, estão em uma posição privilegiada. Elas poderão continuar a exportar carne processada, enquanto seus concorrentes locais terão que arcar com a pesada carga tributária.
Thiago Bernardino de Carvalho, especialista em pecuária, destaca que, devido à geografia das operações, essas empresas conseguem se esquivar dos efeitos devastadores da nova política de tarifas. No entanto, o que aguarda os demais?
Para os frigoríficos que dependem única e exclusivamente do mercado brasileiro, o cenário é sombrio. Com a maior parte da produção destinada à exportação agora pressionada pela nova tarifa, esses jogadores estarão perante uma concorrência feroz no mercado interno. O que antes era um produto de exportação agora inundará as prateleiras do mercado nacional, levando à pressão nos preços.
Carvalho ressalta que essa sobrecarga de carne pode levar a uma competição acirrada, fazendo com que os preços despencem. Os frigoríficos que não possuem operações fora do Brasil terão que ralar para manter a margem de lucro, enquanto consumidores pagarão pela instabilidade no abastecimento.
A incerteza causada pela tarifa já começou a balançar as ações das gigantes do setor. Depois da assinatura da ordem executiva nos EUA, os papéis da JBS dispararam 2,99% na NYSE, enquanto Marfrig afundou 10,20%, e Minerva viu seus valores caírem 4,45%. Esse sobe-e-desce no mercado indica que o nervosismo reina entre os investidores!
E não para por aí: a pressão sobre o mercado doméstico pode levar a um cenário inflacionário, especialmente para produtos como hambúrgueres, que se tornaram cada vez mais dependentes da carne bovina brasileira. E o caos não termina aqui...
Embora o mercado interno possa se equilibrar em um futuro não tão distante, os Estados Unidos precisarão lidar com a inflação resultante do tarifaço. O estoque mundial de carne, que já está em níveis críticos, deve acirrar ainda mais a demanda. Isso pode resultar em consumidores americanos pagando mais caro pela carne, enquanto as empresas brasileiras buscam diversificação de mercado.
Empresas como Minerva Foods, que vem diversificando suas operações pelo Brasil e na América do Sul, incluem estratégias para minimizar os impactos. Com cerca de 16% da receita vinda do mercado americano, essa estratégia se provará crucial para a sobrevivência em tempos turbulentos.
Afinal, a exportação de carnes pode não ser o único pilar que sustenta esses frigoríficos; acessar novos mercados globais surge como uma possível solução. Mas será que isso será o suficiente para equilibrar as contas?
O que é certo é que o setor de carnes estará sob constante vigilância, e a adaptação será fundamental. Os frigoríficos que entenderem o novo cenário e buscarem alternativas de mercado terão vantagens significativas.
Mas e você, consumidor? Está preparado para o impacto no seu bolso? A volatilidade do mercado pode afetar diretamente o preço da carne que chega à sua mesa.
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