✋ O Magazine Luiza (MGLU3) acaba de revelar resultados alarmantes no terceiro trimestre de 2025, em meio a um cenário econômico desafiador. A Selic permanece em 15% ao ano, e a varejista ainda não encontrou a fórmula mágica para escapar deste turbilhão!
Prepare-se: o lucro líquido do Magazine Luiza despencou 17,4% em comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando R$ 84,6 milhões. E se você achar que isso é apenas uma fase passageira, saiba que, ao excluir ganhos tributários não recorrentes, o resultado é ainda mais alarmante: um lucro de apenas R$ 21 milhões, quase 70% inferior ao ano anterior. Os analistas esperavam um lucro de R$ 4 milhões — e mesmo assim, a empresa superou as expectativas, mas não se engane: os números ainda são preocupantes!
Roberto Belíssimo, CFO da varejista, não esconde a preocupação com a taxa de juros. Em suas palavras, "a única variação relevante foi o lucro, e o que pesou foram os juros". Apesar das tentativas de contornar a situação, como aumentar a participação do Pix e do Crédito Direto ao Consumidor (CDC), a verdade é que o Magalu continua vulnerável a esse fator macroeconômico.
As despesas financeiras do Magazine Luiza saltaram 36,6% na comparação anual, alcançando R$ 609 milhões. Essa explosão está atrelada à alta do CDI, que subiu cerca de 45% no mesmo período. Fique atento: cada corte de 1 ponto percentual na Selic poderia render entre R$ 100 milhões a R$ 120 milhões em alívio financeiro para a empresa — mas até quando essa espera vai durar?
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 13,2% em comparação ao ano anterior, atingindo R$ 807 milhões, com margem de 8,9%. Porém, apesar do crescimento do Ebitda, a receita líquida foi de R$ 9 bilhões — bem abaixo das expectativas do mercado de R$ 9,28 bilhões.
As vendas totais do Magalu mostraram uma queda de 2,6%, totalizando R$ 15,1 bilhões. Embora as lojas físicas tenham apresentado um crescimento de 5,2%, a desaceleração do e-commerce foi alarmante, com uma perda de 2,3 pontos percentuais de participação. O site continua a enfrentar um declínio nas vendas, perdendo força frente a concorrentes como Mercado Livre e Amazon.
Em tempos de crise, o Magalu decidiu se resguardar. “Estamos priorizando categorias com ticket médio mais alto, pois elas protegem nossa rentabilidade”, afirma Belíssimo. As vendas de produtos de menor valor estão sendo deixadas de lado, pois os custos de frete e marketing podem levar as margens de contribuição a uma zona negativa.
Para resistir à tempestade da Selic, o Magazine Luiza vem investindo em um ecossistema robusto. A financeira LuizaCred, por exemplo, teve um lucro líquido de R$ 68 milhões, favorecido pela redução da inadimplência. As vendas via cartões de crédito dispararam, totalizando R$ 15 bilhões no trimestre.
Além disso, a Magalupay SCFI está em expansão, prometendo fortalecer ainda mais a gestão da carteira de crédito. Para não ficar para trás, o MagaluCloud também se destaca, com um crescimento notável na base de clientes, contabilizando mais de 1.077 clientes externos.
O Magazine Luiza parece caminhar em um campo minado, entre os altos custos financeiros e a constante pressão da concorrência. Os sinais são claros: é crucial que a empresa se adapte rapidamente às novas exigências do mercado e encontre formas de otimizar suas operações e minimizar impactos.
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