A icônica Pan Am, símbolo da era de ouro da aviação, está de volta! Mas prepare-se — voar com essa companhia não é para qualquer um, e os preços vão te deixar sem fôlego! O tour “Tracing the Transatlantic” fez história com tarifas entre US$ 60 mil e US$ 65,6 mil (ou seja, algo em torno de R$ 330 mil a R$ 360 mil). Com apenas 50 sortudos a bordo, os assentos reclináveis e o atendimento de primeira classe esgotaram em um piscar de olhos.
Na última terça-feira, 17, um Boeing 757 nas cores nostálgicas da Pan Am decolou do JFK, em Nova York. O itinerário dessa jornada de alto padrão inclui paradas nas Bermudas, Lisboa, Marselha, Londres e Shannon, antes de retornar a Nova York. O pacote inclui estadias em hotéis de luxo em cada destino, tornando-se uma experiência muito além do comum.
As comissárias da Pan Am, impecavelmente vestidas com suas luvas brancas e acessórios que trazem o logo vintage, contrastaram com o cenário casual de outros passageiros, que abundavam em moletons e chinelos no JFK. Nas redes sociais, a marca recebeu aplausos pelo conceito — mas também críticas quanto ao design, que para alguns, não capturou a essência gloriosa da companhia.
Fundada em 1927, a Pan American World Airways começou como uma simples operação de correio aéreo entre Key West e Cuba. Mas seu crescimento meteórico foi impulsionado por inovações e estratégias de marketing ousadas, especialmente durante a proibição da venda de bebidas alcoólicas nos EUA. Enquanto outros passavam sede, a Pan Am atraía viajantes para o sol cubano, em voos apinhados de bebidas Bacardi.
As refeições durante o voo eram dignas de um restaurante estrelado, com pratos preparados por chefs do Maxim’s de Paris. Em seu auge, em 1970, a companhia transportou nada menos que 11 milhões de passageiros para mais de 86 países. Mas a sombra do declínio estava por vir.
A década de 1970 trouxe à Pan Am uma maré de problemas, começando com a crise do petróleo e a desregulamentação do setor aéreo nos EUA. A competição acirrada de empresas de baixo custo desestabilizou a tradicional gigante da aviação. O ataque terrorista de 1988, que resultou na explosão de um voo de Londres a Nova York, foi o golpe final para a marca, culminando em falência em 1991.
Atualmente, a Pan American Airways LLC não é mais uma companhia aérea, mas sim uma marca que licencia produtos diversos, de bolsas a jogos e até relíquias de luxo como relógios da Breitling. A agência Beyond Capricorn revitaliza a imagem da marca, oferecendo pacotes turísticos de luxo em parceria com a Bartelings, especializada em tours privativos.
Se você ficou impressionado com o preço das ofertas iniciais, prepare-se para o “Pan Am Tracing the Transpacific”, programado para abril do próximo ano, com tarifas a partir de US$ 94,5 mil (aproximadamente R$ 520 mil). E tem mais! O “Pan Am Centenary Circumnavigation 2027” promete uma viagem de São Francisco ao Taiti, passando por destinos exóticos como Sidney, Bangkok, Nova Déli, Cairo e Casablanca. Preços ainda não divulgados, mas a expectativa é alta!
Com o retorno da Pan Am, um novo capítulo na história da aviação de luxo inicia-se, mas serão os preços assustadores um reflexo das novas experiências que aguardam os viajantes? Se o glamour do passado traz uma nostalgia irresistível, a realidade financeira de muitos pode não acompanhar o ritmo.
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