A economia brasileira está em um turbilhão e o mercado de trabalho está desafiando todas as previsões! Com a taxa básica de juros em altas alarmantes, muitos esperavam uma tempestade econômica — mas, surpresa! O desemprego continua a se manter em níveis surpreendentemente baixos. Como isso é possível? O que está acontecendo na economia do Brasil?
Atualmente, a taxa Selic está em 15%. Se pensarmos em juros reais — ou seja, já descontando a inflação — essa cifra se transforma em um impressionante juro real de 9,36% ao ano. Normalmente, taxas tão altas sugeririam uma desaceleração extrema da economia e aumento no desemprego. Mas, pasmem, o desemprego caiu para 5,8% em junho! Isso é um verdadeiro paradoxo que deixa economistas perplexos.
Mansueto Almeida, ex-secretário do Tesouro e atual economista-chefe do BTG Pactual, diz que em qualquer outro país, um cenário com esses juros estaria à beira da recessão. Mas o Brasil desafia essa lógica ao esboçar um crescimento na criação de empregos. O que está permitindo essa força inusitada no mercado de trabalho?
Os economistas ainda estão tentando entender a raiz desse fenômeno. Entre as suposições, o que se destaca é uma combinação de fatores estruturais que incluem:
Tudo isso tem criado um ambiente propício que beneficia a manutenção de empregos, apesar da pressão das altas taxas de juros.
Muitos acreditam que o sucesso do Brasil em conter o desemprego também se liga ao crescimento do setor informal. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirma que a renda dos autônomos cresceu mais rapidamente do que a formal. Isso indica que um número crescente de brasileiros está optando por trabalhar de forma flexível e autônoma, o que pode mascarar os índices de desemprego.
As expectativas para o crescimento do PIB são modestas. Economistas projetam uma elevação de apenas 0,2% a 0,4% para o segundo trimestre, muito distante dos notáveis 1,4% registrados no primeiro trimestre. Isso revela que, apesar da resiliência do emprego, o sentimento na economia pode não ser tão otimista.
Mansueto acredita que a taxa de desemprego deve se manter abaixo de 7,5% ao longo do mandato atual. Mas o que acontecerá se o crescimento não se materializar? O risco de uma desaceleração no crescimento permanece eminente.
As mudanças demográficas também estão moldando o mercado de trabalho. A queda na taxa de participação, particularmente entre mulheres com filhos pequenos, gerou um efeito em que muitas optam por permanecer em casa, atraídas por programas de transferência de renda. Este fator pode reduzir a oferta de mão de obra, levando a uma aparente "resiliência" no emprego, mas que, na verdade, pode esconder dificuldades econômicas mais profundas.
Para piorar, a expectativa é de que a população brasileira enfrente um envelhecimento significativo nas próximas décadas, o que poderá impactar ainda mais a dinâmica do trabalho.
As reformas trabalhista e previdenciária foram cruciais nesse panorama. Elas possibilitaram um mercado de trabalho mais dinâmico, essencial para a flexibilização das contratações e permanência de profissionais mais velhos no mercado. Esta estrutura tem se mostrado determinante para segurar o combate ao desemprego, mesmo em um cenário econômico desfavorável.
A pergunta que fica é: o Brasil poderá manter essa resistência frente aos desafios econômicos que se acumulam? Ou a fragilidade revelará outras fraquezas escondidas sob essa fachada de emprego estável?
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