Em um movimento alarmante, a gestora SPX, liderada por Rogério Xavier, cortou suas exposições nas ações da Hapvida. Depois de vender uma parte significativa dos papéis HAPV3, agora controla apenas 18,7 milhões de ações ordinárias, representando 3,73% do capital da companhia. Mas o que isso realmente significa para o futuro dessa empresa?
A SPX não é a única que notou o desastre à vista. As ações da Hapvida acumulam uma impressionante queda de quase 50% só em 2025, e o cenário se tornou ainda mais caótico após a revelação dos números decepcionantes do terceiro trimestre. No dia seguinte à divulgação, os papéis despencaram mais de 40% em um único pregão.
Os números são alarmantes: entre julho e setembro deste ano, o lucro líquido ajustado foi de R$ 338 milhões, apresentando um crescimento tímido de 4,1% em comparação ao mesmo período de 2024. Mas, sem ajustes, a empresa registrou um prejuízo de R$ 57 milhões — um claro contraste com as previsões otimistas de analistas.
Durante o terceiro trimestre, a Hapvida queimou R$ 51,9 milhões em caixa livre, pressionada por um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) que ficou 30% abaixo do esperado pelos bancos. A situação é tão crítica que a taxa de sinistralidade subiu 1,4 ponto percentual, atingindo 75,2%, refletindo um aumento considerável no volume de atendimentos médicos.
Com resultados desastrosos, várias instituições financeiras reavaliaram suas recomendações para a ação HAPV3. JP Morgan e BTG Pactual meteram o pé no freio: rebaixaram a recomendação de “compra” para “neutro” e cortaram o preço-alvo de R$ 67 para R$ 50 por ação até o final de 2026.
O cenário não é nada promissor, e os investidores devem estar em alerta máximo. O colapso financeiro da Hapvida serve como um lembrete sombrio de que o mercado de ações é volátil e pode mudar rapidamente. Portanto, é fundamental estar sempre preparado e manter um olhar crítico sobre suas finanças.
A SPX, por sua vez, afirma que não possui qualquer acordo de voto ou combinação relacionada à compra e venda de ações da Hapvida. Isso indica que as movimentações se baseiam apenas nas estratégias internas de seus fundos, deixando o mercado em um estado de incerteza.
Enquanto as ações da Hapvida enfrentam um deslizamento perigoso, muitos investidores se perguntam: é hora de comprar essas ações em baixa ou sair correndo? A volatilidade pode abrir portas para oportunidades, mas é preciso cautela e informações precisas.
Com tantas incertezas no cenário econômico, a gestão das suas finanças pessoais nunca foi tão crucial. Uma ferramenta inteligente pode ser a chave para continuar seguro em tempos de crise.
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