As taxas dos DIs fecharam em uma posição de total incerteza na última segunda-feira, apresentando uma leve tendência de baixa em alguns prazos. Essa oscilação foi diretamente afetada pela queda acentuada dos rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos, após um ataque a alvos no Irã nos últimos dias. E atenção: um possível corte nas taxas de juros por parte do Federal Reserve em julho pode estar mais próximo do que se imagina!
No fim da tarde de segunda-feira, observou-se que a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 fechou em 14,965%, levemente acima do ajuste de 14,958% da sessão anterior. Para janeiro de 2028, a taxa caiu para 13,535%, uma diminuição de 2 pontos-base em relação ao número anterior. Entre os prazos mais longos, as taxas também apresentaram pequenas variações, com janeiro de 2031 em 13,52% e janeiro de 2033 em 13,61%.
O cenário geopolítico atual não é nada alentador. A escalada do conflito no Oriente Médio, marcada por ataques dos EUA a instalações nucleares no Irã, intensificou as pressões sobre os mercados internacionais. Embora os ataques não tenham culminado no fechamento do Estreito de Ormuz, onde cerca de 20% do petróleo mundial é trafegado, o clima de incerteza gera constantes oscilações nos mercados financeiros.
A vice-presidente de supervisão do Federal Reserve, Michelle Bowman, declarou que a hora de considerar um corte nas taxas de juros pode estar se aproximando. Essa afirmação foi crucial para o movimento das taxas no Brasil, que buscavam estabilidade após toques máximos nas aberturas da sessão.
Como o Irã não fechou o Estreito de Ormuz, o preço do petróleo desabou no mercado internacional. Contudo, a possibilidade de que a situação se agrave e o preço do barril atinja a marca de US$ 100 já está causando alarme entre os analistas. Gesner Oliveira, sócio da GO Associados, alerta: "Se o petróleo subir e a Petrobras repassar esse aumento, poderemos ver a inflação brasileira se aproximar dos 6% este ano." Os desdobramentos desse conflito volátil podem impactar seriamente o controle da inflação aqui no Brasil.
O boletim Focus, divulgado na segunda-feira, revela que a mediana das projeções do mercado para a inflação em 2025 caiu levemente de 5,25% para 5,24%. Para 2026, a expectativa permanece em 4,50%. Além disso, a manutenção da Selic em 15% até o fim do ano é amplamente aguardada. A curva a termo já precificava uma probabilidade de 97% de que a Selic permaneça inalterada na próxima reunião do Copom.
Os investidores devem ficar antenados às próximas movimentações, especialmente em relação à ata do último encontro do Copom, que será divulgada na terça-feira. Este documento pode fornecer insights cruciais sobre a sinalização futura do Banco Central em relação à taxa Selic.
Se você não ficar de olho nas oscilações do mercado e nas consequências do conflito internacional, poderá perder o controle das suas finanças pessoais. Em tempos de incerteza econômica, é vital ter uma gestão financeira eficaz.
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