A era das stablecoins, como Tether e Circle, está expandindo a cada dia — mas você realmente sabe quem está ganhando com isso? As gigantes têm lucrado exorbitantes quantias em um cenário econômico de altas taxas de juros, enquanto os detentores dessas moedas digitais ficam com o "sabor amargo" de retornos inexistentes. Vamos explorar essa realidade alarmante!
De acordo com Dan Reecer, co-fundador da Wormhole, no recente evento DAC 2025 da Mercado Bitcoin, as plataformas de stablecoins praticamente estão imprimindo dinheiro. Como? Mantendo os rendimentos de títulos do Tesouro dos Estados Unidos que sustentam suas operações. Um exemplo? A Tether, que reportou um lucro líquido de impressionantes US$ 4,9 bilhões no segundo trimestre! Essa cifra elevou a avaliação da empresa a US$ 500 bilhões em uma nova rodada de financiamento.
Mas o que isso significa para você, que simplesmente armazena USDT ou USDC? A resposta é clara: você está perdendo!
Reecer não hesitou em apontar o dedo para o problema: "Se estou segurando USDC, estou perdendo dinheiro, enquanto a Circle fatura". Isso resume a oportunidade perdida associada à manutenção de tokens que não oferecem rendimento, mesmo quando estão respaldados por ativos que geram uma receita robusta.
E a pergunta que não quer calar: Até quando os usuários sustentarão essa prática? Assim que as taxas de juros permanecerem altas, a pressão por um retorno mais justo crescerá incessantemente. Plataformas como M^0 e Agora já estão na batalha, procurando soluções para redirecionar esses rendimentos para os usuários finais.
Um fato que não pode ser ignorado é que Tether e Circle não repassam diretamente os rendimentos gerados com suas stablecoins para os usuários. Isso pode desencadear a fúria de reguladores e colocar suas operações em xeque. Assim, surge um caminho alternativo: os fundos de mercado monetário. Esses produtos permitem que os investidores se beneficiem dos rendimentos geralmente retidos pelas grandes plataformas de stablecoins.
Recentemente, a Circle adquiriu a Hashnote por US$ 1,3 bilhão, com o objetivo de permitir a conversão entre dinheiro e colaterais que geram rendimento nas blockchains. Contudo, mesmo com esse movimento, os fundos de mercado monetário ainda representam apenas uma fração do imenso mercado de stablecoins, que ultrapassa US$ 290 bilhões.
Representantes da Tether alegam que "o papel do USDT é claro: é um dólar digital, não um produto de investimento". Para centenas de milhões de pessoas, especialmente em mercados emergentes, o USDT é um salva-vidas contra a inflação desenfreada e a instabilidade bancária. Com taxas de inflação que podem chegar a 90% ao ano em alguns países, os usuários estabelecem estratégias de sobrevivência que fazem toda a diferença.
Durante o mesmo painel, Stephen Richardson, da Fireblocks, pontuou que o mercado de stablecoins está se desviando para casos de uso do mundo real, como pagamentos internacionais e serviços de câmbio. A agilidade de uma moeda tokenizada pode resolver problemas críticos existentes, como os altos custos de remessas e a lentidão nos pagamentos corporativos.
A inovação financeira está acontecendo à medida que os fundos de dinheiro tokenizados começam a ser utilizados como colaterais nas exchanges, mas atenção: o mercado está empolgado, e o risco também é elevado.
A mensagem é clara: enquanto as gigantes de stablecoins continuam a acumular ricos lucros, os detentores de tokens enfrentam um futuro incerto. A falta de retorno pode obrigar muitos a repensar suas estratégias.
Se você é um dos muitos que está se perguntando como gerenciar sua vida financeira nesse cenário turbulento, não se preocupe! A tecnologia pode ser sua aliada.
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