Em 2014, a Copa do Mundo trouxe não apenas turistas, mas também um verdadeiro tsunami de oportunidades com a chegada do Uber ao Brasil. Desde então, o mercado de trabalho para motoristas e trabalhadores de aplicativos deslancharam, como uma montanha-russa em plena ascensão!
Nos últimos anos, o crescimento de motoristas cadastrados no Uber e de trabalhadores de aplicativos ganhou proporções alarmantes. De 2015 a 2022, saltamos de 770 mil para impressionantes 2,1 milhões de profissionais atuando nesse setor — um aumento de 170%! Isso sem contar que, nesse mesmo intervalo, o número de pessoas empregadas no Brasil subiu quase 10%.
Os números apresentados pelo Banco Central revelam que a explosão no uso de aplicativos não é apenas uma tendência passageira. Esse crescimento contribuiu para elevar a taxa de ocupação e a participação no mercado de trabalho, além de reduzir a taxa de desemprego.
É inegável que esses aplicativos têm um impacto direto sobre a diminuição do desemprego. Se não fossem essas oportunidades, as taxas de desemprego poderiam aumentar entre 0,6% e 1,2%. Hoje, estamos falando de uma taxa de desemprego de 4,3% — que poderia chegar a 5,5% sem esses empregos emergentes.
Mas não se engane: a realidade para esses trabalhadores é muito mais complexa.
Apesar de contribuir para a queda do desemprego, motoristas e entregadores de aplicativos enfrentam uma dura batalha: a alta exploração e baixos salários. Um relatório do projeto Fairwork Brasil destaca que apenas duas das dez empresas analisadas conseguem oferecer condições dignas de trabalho.
A Superprof e a InDrive foram as únicas a garantir pagamentos que se aproximam ao menos do salário mínimo, já com custos descontados! Como assim, em plena era da tecnologia, essa realidade ainda persiste?
Um estudo em retrospectiva revela que, entre 2012 e 2015, os motoristas autônomos no transporte faturavam em média R$ 3,1 mil ao mês. Mas a realidade de 2022 é alarmante: esse número caiu para menos de R$ 2,4 mil. Isso é uma perda de poder aquisitivo chocante para um setor que deveria estar se modernizando e prosperando.
Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que o trabalho em aplicativos não apenas prolonga as jornadas de trabalho, mas também gera um impacto sério na contribuição previdenciária. Em 2015, 47,8% dos motoristas contribuíam para a previdência, mas esse número despencou para 24,8% em 2022. A participação desses trabalhadores na economia também é alarmantemente baixa, representando apenas 2,1% da população ocupada.
É preocupante constatar que, mesmo em um setor em expansão, a contribuição econômica dos profissionais de aplicativos é diminuta. O indicador mostrou que o trabalho por aplicativo apenas passou de 0,8% para 2,1% de 2015 a 2025. Isso levanta questões sérias sobre a eficácia desse modelo de trabalho na verdadeira inclusão econômica.
Diante de uma inflação crescente no transporte por aplicativo, que foi de 0,3% em agosto deste ano, é fundamental que o debate sobre as condições de trabalho e a remuneração deste segmento aconteça agora!
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